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Quantidade de Aedes aegypti deixa região em alerta para epidemia
Caiçara, Derrubadas, Frederico Westphalen, Pinhal, Planalto, Tiradentes do Sul, Três Passos, Vista Alegre e Vista Gaúcha são os nove municípios da abrangência da 19ª Coordenadoria Regional de Saúde (19ª CRS) que apresentaram alto índice de infestação predial, ou seja, estão na faixa considerada pelas organizações em saúde de alto risco de epidemia por doenças transmitidas pelo Aedes aegypti - dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
As amostras são coletadas pelos próprios agentes de endemias nos municípios e repassadas para a coordenadoria regional que informa os resultados do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa/LIA) dos municípios.
O coordenador regional Fernando Panosso disse que é preciso colocar os agentes na rua para trabalharem em todos os municípios. “Com exceção de Cristal do Sul e Vicente Dutra, que mantiveram os baixos índices de infestação, os demais municípios só aumentaram. Frederico Westphalen e Pinhal, por exemplo, passaram de baixo risco no LIRAa/LIA de dezembro e janeiro para alto risco em fevereiro e março, isso é preocupante. Precisamos trabalhar intensamente e distribuir repelentes para a comunidade. Quem precisar, ainda temos algumas unidades aqui na coordenadoria”, expôs.
Para o médico veterinário e coordenador de Vigilância Ambiental da 19ª CRS, Mauro Dornelles, o trabalho intenso precisa ser mantido. “Tivemos dois casos na região de dengue, um em Erval Seco e outro em Iraí, e por toda sorte, ficou nisso, porém os números mostram que a comunidade está vulnerável. Há presença do vetor e de forma muito intensa nos municípios, então é um piscar de olhos para que aconteça uma epidemia”, comentou.
Em Frederico Westphalen, que tem o segundo maior índice, ficando atrás somente de Planalto, a secretária de Saúde, Marta Chielle, fala que os focos são normalmente os mesmos, tanto na indústria como nas residências, e que o maior problema está no Centro da cidade.
A chegada da Febre Amarela
A enfermeira-chefe do setor de epidemiologia da 19ª CRS, Jeanine Antoniollo Vargas, explica que a última capacitação para o setor focou muito na vacinação da febre amarela, doença que deve chegar no Rio Grande do Sul em setembro e também é transmitida pelo Aedes aegypti. “As previsões do Ministério da Saúde apontam que a febre amarela chegará no Estado em setembro e da forma como está, com uma população enorme de mosquitos adultos e criadouros espalhados por nossos municípios, é muito arriscado um surto aqui na região. Precisamos eliminar esses focos e vacinar a população, principalmente aquela que vive no meio rural”, alertou.
